Portaria Virtual
Uma solução que promete aliar o aumento no nível de segurança e redução de custos . É essa a principal promessa das portarias virtuais, ou remotas.
A ideia é simples e engenhosa: substituir porteiros presenciais por agentes que, de maneira remota, abrem e fecham portões e garagens – além, é claro, de ficar de olho 24 horas no condomínio por meio de câmeras e internet.
Sem portaria no local, o condomínio consegue dispensar um dos custos mais caros do condomínio – o do porteiro. Ao invés disso, paga uma taxa por mês à empresa que presta o serviço de portaria virtual, o que pode chegar a diminuir em mais de 50% a taxa condominial, dependendo do local.
Profissionais do mercado de administração de imóveis afirmam que o gasto com funcionários representa entre 40% e 50% das contas de um condomínio. Para eles, a implantação de uma portaria virtual pode gerar uma redução de até 50% nos custos com pessoal, e de até 20% no custo total do condomínio, dependendo do caso.
A síndica Rosana Nichio, de 53 anos, implantou uma portaria virtual no seu condomínio, em abril deste ano, a fim de reduzir o custo com pessoal. De acordo com ela, o conjunto residencial pagava R$ 18 mil para uma empresa terceirizada de pessoal e hoje, com o novo sistema, o gasto caiu para R$ 6,2 mil, ou seja, uma economia de 66%.
Assim que o fundo estiver estabilizado, afirma Rosana, a redução dos gastos será repassada para os moradores, ou seja, vai cair o valor da taxa de condomínio. No entanto, ela ainda não consegue precisar qual será o porcentual de redução.
Ele conta que a empresa contratada também instalou todo o sistema de segurança sem custo: cerca elétrica, barreira eletrônica (infravermelho que aponta a identificação de pessoas em determinados lugares), câmeras e no-break, para o caso de queda de energia.
“É uma tendência que veio para ficar”, acredita.
Visita
É importante visitar uma dessas bases para acompanhar o funcionamento do serviço.
Contrato
Leia atentamente o contrato e verifique o que está incluído no serviço. Veja se consta o pagamento de internet, por exemplo. O sistema opera, normalmente, com conexão da web. Se o serviço não estiver incluído, o condomínio terá de pagar à parte.
Internet
O ideal é que conste no contrato o nome de duas operadoras de internet, para o caso de uma ter pane, a outra entrar em ação e, assim, o sistema poder operar com tranquilidade.
No break
Algumas empresas oferecem no-break que pode garantir quatro horas de funcionamento, caso a energia caia. Se não estiver incluído no serviço, o condomínio terá de comprar.
Suporte
Verifique se a empresa oferece suporte para o caso de quebra de um portão, por exemplo, e um funcionário para atuar como porteiro, no caso de o sistema der uma pane.
Referências
Busque referências em outros condomínios que contrataram a empresa.
ENTREVISTA – Nilson Soares, vice-presidente do Instituto Pró-Síndico
Fonte: ESTADÃO – Economia e Negócios